sábado, agosto 11, 2012

Como fazer amigos e influenciar pessoas


Ok, vamos começar com uma ressalva: "fazer amigos" foi uma liberdade poética desse post. Não acho que haja uma fórmula pra isso e, a bem da verdade, cada vez que vejo alguém se esforçando pra ficar amigo de outrem, acho mesmo que não é bem assim que funciona. Um amigo pode estar no ambiente de trabalho (eu sempre entro com a máxima "não vim aqui pra fazer amigos, vim pra trabalhar" e saio abraçando todo mundo!), pode estar no grupo de dança, pode estar nos lugares mais improváveis.

Todo mundo fala em autenticidade. "Seja você mesmo!", "seja fiel aos seus princípios", e é certo que amigo de verdade vai gostar de você pelo que você é, e não pelo que você tenta ser (aliás, pode ser a mais fofa das criaturas que, quando começa a tentar demais, já começo a criar umas restrições). Mas aqui eu tou usando aspas em "amigos", veja bem. Não tou falando de virar BFF. Tou falando de construir relações de respeito e admiração em grupos sociais, de trabalho, de crescer, de ser respeitado. E existem vários momentos nas nossas vidas em que precisamos mesmo deixar nossas convicções de lado. Mentir não é necessário. Mas às vezes segurar a onda antes de dar certas opiniões ou de agir de acordo com nossos princípios pode ser bom.

Bonzinho só se f***

Há que se ter certo traquejo político pra lidar com certos grupos de pessoas, em certos locais. E, claro, todo mundo percebe quando você está sendo falso. Mas você não precisa ser falso na cordialidade com alguém de quem você não gosta muito (também não precisa chamar de melhor amigo!), não precisa estar em todas só pelo networking (mas, sim, saber quando o networking é realmente válido e ESTAR LÁ), não precisa ser escroto com as pessoas (mas, sim, é preciso saber dizer não, ou você vai ser sempre o pulha que faz tudo pra todo mundo sem fazer questão de ser reconhecido).

Você precisa entender que, às vezes, tem que usar uma máscara social, sim, se quiser que te respeitem. Que você precisa entregar para as pessoas o que elas querem (depois, quando for rico e bem sucedido, pense no trabalho autoral contra tudo e todos, pense em subverter todas as regras - mas agora, enquanto você está lendo blogs de autoajuda, lembre que o valor do que você faz é construído pela demanda de mercado - se é isso o que querem, é isso que você faz). E que omitir certas opiniões não deve, de jeito nenhum, ser confundido com "não se expressar", "não reivindicar seus direitos" ou "não apontar problemas na organização". Sim, você PRECISA fazer tudo isso. Mas deve saber bem quando, como e pra quem, sabe?

Dá pra ser legal com todo mundo e, ainda assim, ser você mesmo. Dá pra ser você mesmo e, ainda assim, influenciar pessoas. Tenta aí e me conta.


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